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 f l o r e s o u | @paposeleituras

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Vi uma frase em alguma página que já não lembro mais, mas ela vem a mente sempre que faço pão. Talvez porque, de alguma forma, carrega uma verdade simples que a gente vive esquecendo.


Fazer pão envolve processos que não aceitam pressa.
Separar os ingredientes, preparar o pré-fermento e esperar.
Misturar, sovar com paciência, deixar a massa crescer.
Modelar, esperar de novo.
Só então o forno sela todo o processo.


E, claro, existem massas que pedem ainda mais tempo (e mais etapas).
As massas só chegam onde precisam chegar depois de pequenas entregas constantes ao próprio ritmo.
E tem outra coisa que vale lembrar: o ambiente interfere.
A massa reage ao clima do dia/local como a gente reage ao clima da vida.

A gente não é um pão, eu sei (❁ᴗ͈ˬᴗ͈).
Mas existe algo muito parecido no jeito como crescemos.
Nada em nós floresce na desespero.
Tem dias que pedem pausa.
Processos que exigem silêncio.
Fases que só ganham forma quando a gente se recolhe um pouco, sem culpa.





Talvez seja isso que essa frase queria me lembrar:
crescimento também é descanso.

Então, se der, respira.
Desacelera.
Você não está atrasando a vida, apenas está permitindo que ela fermente do jeito certo.

Gentilmente, 
Juli ᡣ𐭩


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Dar adeus a agosto é aceitar que o inverno começa a se despedir. Setembro traz novas cores, mas ainda caminha no ritmo lento da estação que parte. Para mim, o fim do inverno sempre chega carregado de melancolia. É como se os dias dançassem uma última valsa, lenta e sentida, despedindo-se com pesar. As chuvas rápidas, o céu rarefeito de nuvens, os ventos fortes que invadem e abraçam os ambientes compõem essa coreografia de adeus.


Uma dança de despedida que abre caminho para a primavera, com seu calor macio e seu colorido expansivo. Eu gosto da primavera, apesar de não gostar do calor, sobretudo gosto das flores que a anunciam. Mas, confesso: minha alma pertence ao outono-inverno.


Sou dos dias lentos, do clima que pede camadas de roupa, das bebidas quentinhas que aquecem as mãos e o corpo, do vento que por vezes dói nos ossos. Sou das meias e pantufas, pães e bolos quentinhos, sopas, do céu nublado e dos dias introspectivos.


Então, danço com o inverno essa última melodia melancólica. Dois pra lá, dois pra cá. E, enquanto ele parte, aprendo a apreciar ainda mais cada passo da estação.

Gentilmente, 
Juli ᡣ𐭩
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Foto retirada do We Heart It 💗

{Caso deseje ouvir, coloquei aqui uma música que ouvia muito com uma das minhas amigas}

O facebook me acordou com a notificação das minhas lembranças, mostrando que hoje é o dia do amigo. Não foi uma notificação qualquer, foi uma lembrança com vocês, nós nos marcando nos posts de amizade. E ver aquilo me deixou super nostálgica. Por um instante pude ver nossas recordações passando ao meu redor, acompanhada de risadas e músicas. Nossa! Parece que foi ontem, mas faz tanto tempo.

Eu não sei exatamente o que aconteceu com a gente. Não consigo montar uma linha do tempo com começo, meio e fim porque o fim parece que foi no meio ou que nunca aconteceu. Só lembro que aos poucos fomos nos afastando e nos deixando de lado, e quando percebi já não havia ninguém. Então me convenci que mudamos - com certeza mudamos - e acabamos nos desalinhando. Talvez por descuido ou desatenção. Eu sei que nem tudo dura para sempre, porém tudo que é bom tende a permanecer na memória para sempre. E, bom, vocês permanecem na minha. 

Já pensei em ligar, mandar uma mensagem no WhatsApp ou reagir a stories do Instagram, mas não me parece algo adequado. Não sei, acho que soaria estranho ou quem sabe eu que sou complicada. As vezes acho que perdi o jeito para socializar, porém creio que só estou me sabotando. Mesmo assim, sempre que vejo vocês nas redes sociais felizes e tão vocês, sinto meu coração aquecer porque mesmo com as mudanças e crescimento vocês ainda transmitem a mesma essência e energia.

Fizemos tantas promessas e juramos amizade eterna, porém não foi bem assim. Erámos inocentes e isso nos leva a fazer promessas sem pensar em nada, contudo não erramos tanto em nos prometer a eternidade. Foi eterno, será eterno. O nosso pequeno infinito marcará para sempre a minha vida. Vocês marcaram uma boa fase da minha vida. Tudo que vivemos juntas será eterno na minha memória. Sempre irei lembrar das nossas conversas, desabafos e loucuras. E põe loucura nisso. Lembra que pensávamos em morar todas juntas em uma grande casa??! Imaginávamos as possíveis confusões e até os futuros namorados. 

Escrevemos a mão um livro com algumas das nossas aventuras pena que ele molhou, seria maravilhoso lê-lo hoje. Planejávamos viagens. Brigávamos por personagens fictícios. E colecionávamos micos juntas.

Apesar de não nos falarmos mais, eu espero que vocês estejam buscando realizar os sonhos de vocês. Dos mais sensatos aos mais loucos. Que vocês não tenham medo de viver. Que gritem, sorriam, chorem e pulem sem vergonha. "A vida é para ser vivida intensamente." lembram? Que tenham encontrado um par romântico do jeitinho que vocês merecem, mas se caso não tenham encontrado que estejam amando a sua própria companhia e mesmo que tenham encontrado, nunca deixe de amar a sua companhia. Espero que tenham um novo ciclo de amizade incrível e que estejam vivendo momentos tão lindos e icônicos como já vivemos. 

Serei eternamente grata por tudo que vivemos, por todos erros e acertos, todo aprendizado e companheirismo, pelos momentos felizes e tristes...por terem marcado eternamente a minha vida e, com certeza, meus filhos e netos vão ouvir falar de vocês.  Ah, e vocês sabem, eu sempre estarei aqui independente do tempo. E à propósito, feliz de do amigo, meninas.

Texto feito com a junção de várias memórias e amizades que fizeram parte da minha vida e que para sempre serei grata. 

Gentilmente, 
Juli ᡣ𐭩
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Diário de um intervalo sem posts...

(janeiro a julho de 2025)


Comecei o ano com aquela vontade boa de produzir, registrar, compartilhar. Sempre gostei. Me apaixonei por blogs ainda adolescente, por esse universo onde a vida ordinária virava poesia só por ser contada. E, mesmo agora, com todas as redes girando rápido, sigo sentindo essa saudade do diário virtual — esse cantinho de palavras sinceras, sem pressa, sem algoritmo.



Mas a verdade é que, às vezes, a gente some.
Não porque a vida parou — pelo contrário.
Ela seguiu cheia de movimento, mas o coração ficou um tanto tímido, receoso, introspectivo
.

Ao observar perfis alheios e o tanto de pessoas que lançam o críticas destrutivas de forma tão natural, as cobranças internas, a autocrítica… tudo isso me afastou um pouco do ato de compartilhar.


Mesmo assim, fotografei com os olhos e o celular:

os dias, as rotinas, os detalhes que me fazem bem.



E muita coisa aconteceu por aqui.

Viajei para o interior para comemorar o aniversário da minha irmã.

Comprei algo que a Ju de antigamente sempre quis.

A Oxe Amour seguiu viva e cheia de vida.

Nasceu um clube literário para mulheres cristãs com minha irmã — cheio de afeto, risos e troca bonita.

Teve meu aniversário.

O de Chico.

Uma viagem pra curtir as festas juninas.

Teve receita, teve bicho, teve silêncio e teve poesia.



E em tudo isso, percebi que mesmo sem produzir conteúdo, eu continuei produzindo vida e registrando a mesma.
Fui lembrada — dia após dia — da bondade de Deus nos pequenos detalhes.

Mas hoje voltei, não com grandes anúncios, só com uma vontade mansa de recomeçar.

De fazer porque eu gosto, não por algoritmo, números ou coisas assim.

Quero que seja pelo puro prazer.



Esse post é só um recomeço.
Sem promessas, sem metas, sem rigidez.
Apenas a vontade de dividir o que pulsa em mim.

Se você ficou até aqui, obrigada.

Espero que esse blog ainda te abrace como um velho amigo.


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Oi, que bom te ver por aqui!

Sou a Juli, encantada por livros, palavras e os pequenos grandes encantos da vida cotidiana…especialmente quando eles se transformam em poesia, prosa ou posts de blog. Esse espaço é um cantinho feito com carinho, onde compartilho um pouco do meu mundo.

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